Avaliação
MVK Spyder: Estilo Easy Rider em 270 ccDe origem chinesa, o modelo chopper traz como principais características garfo alongado e motor de dois cilindros paralelos de 21 cv.
Na chopper da MVK, o motociclista fica com braços esticados e pernas à frente. Ela foi concebida para rodar em grandes retas e estradas muito bem asfaltadas| Foto: Mario Villaescusa
Infomoto
[20/02/2010] [22:06]
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Estiloso, modelo traz garfo alongado, grande ângulo de cáster, muitos cromados e tanque decorado com labaredas prateadas
O filme Easy Rider (Sem Destino), estrelado por Peter Fonda, Dennis Hopper e Jack Nicholson, completou 40 anos em 2009. Ícone entre os motociclistas, a película transformou a motocicleta em símbolo de liberdade e ousadia sobre duas rodas. Para testar a exótica MVK Spyder é preciso "incorporar" a irreverência dos hippies dos anos 60. Construída no estilo chopper pela marca chinesa Regal-Raptor, o modelo conta com garfo bastante alongado e grande ângulo de cáster, muitos cromados, tanque decorado com labaredas (flames) prateadas, freio a disco em ambas as rodas e motor de dois cilindros paralelos de quase 21 cv de potência. O preço sugerido é de R$ 15.580.
À primeira vista, a MVK Spyder parece que foi feita de forma artesanal. A moto impressiona pelo comprimento 2,58 m e pela grande distância entre-eixos 1,88 m. Só para comparar, a Harley-Davidson Rocker tem 1,76 m e a Yamaha Midnight Star 950 conta com 1,68 m. Os números mostram dois lados de uma mesma moeda, já que com esta configuração a moto roda com mais desenvoltura em estradas retas e bem pavimentadas. Em trechos muito sinuosos, manobras em baixa velocidade ou para o simples ato de estacionar, o motociclista sofre um pouco para realizar as operações.
Quando o piloto sobe na Spyder e liga o motor, o som grave que se propaga pelos dois escapamentos um cano de cada lado lembra as motos de maior cilindrada e potência. Com o modelo em movimento, braços e pernas ficam bem à frente. Isso em função da adoção de um guidão reto (T-Bar) e também pelas pedaleiras avançadas, que em curvas muito fechadas podem raspar no asfalto. Já no trânsito urbano piso irregular e corredores apertados, a maneabilidade desta moto fica muito prejudicada.
Motor e ciclística
A MVK Spyder está equipada com motor de dois cilindros paralelos, quatro tempos, comando simples no cabeçote (OHC), que gera 20,8 cv a 8.000 rpm de potência máxima e torque máximo de 1,85 kgfm a 6.500 rpm. Com 270 cm³, 180 kg a seco, falta um pouco mais vigor ao propulsor fabricado pela chinesa Regal-Raptor, que gosta de trabalhar em médias e altas rotações. A configuração do motor de dois cilindros gêmeos lembra a utilizada nas saudosas Honda CB 400/450, na década de 80. A alimentação é feita por dois carburadores. Outro ponto negativo, além do baixo desempenho, é a vibração.
No conjunto ciclístico, a moto traz na parte dianteira garfo telescópico de 120 mm de curso e dois discos de freio de 240 mm de diâmetro. Na traseira, balança com duplo amortecimento com 60 mm de curso, que ficam instalados sob a Spyder similar ao utilizado em alguns modelos Harley-Davidson e freio a disco também de 240 mm de duplo pistão.
A chopper da MVK apresenta suspensão mais macia que as tradicionais custom, isso em virtude de seu "exagerado" ângulo de cáster. No caso específico da Spyder, quanto mais rígida a suspensão dianteira, mais susceptível a torção nas bengalas. O conjunto traseiro se apresentou eficiente, de acordo com sua proposta.
Na avaliação, o acionamento do freio dianteiro se apresentou um pouco "duro" e os pequenos freios a disco mostraram comportamento "borrachudo", porém temos que levar em consideração que a moto testada tinha pouquíssimos quilômetros rodados. Já o freio traseiro teve o desempenho esperado para uma motocicleta da categoria. Apesar de sua origem chinesa, a MVK Motos optou em calçar o modelo com pneus Pirelli MT 66, nas medidas 80/90 - 21 (D) e 160/80 - 16 (T). Ou seja, pneus de qualidade refletem em um maior equilíbrio e melhor dirigibilidade, além de auxiliarem o conjunto de suspensão.
Desenho
O estilo desta chooper é do tipo "ame ou odeie": garfo à frente, muitos cromados, pintura em flames, rodas em liga leve e baixa altura do assento (apenas 660 mm). Exótica, a moto conta com banco em dois níveis e sissy-bar (encosto para a garupa). Neste quesito, piloto e passageiro rodam bem acomodados.
Os comandos são simples e bem posicionados. O painel de instrumentos, composto por velocímetro, hodômetros total e parcial, além das lâmpadas-espia ficam sobre o tanque de combustível de 12,5 litros. Segundo a MVK, a Spyder faz 23 km/l e, consequentemente, oferece uma autonomia de cerca de 280 km. A Spyder modelo 2010 deverá ter motor com injeção eletrônica, conforme informou a fabricante. Sua capacidade cúbica vai ser aumentada para 320 cm³ e a cavalaria para 22,8 cv de potência máxima. A marca ainda revela planos de montar o modelo em sua futura planta em Manaus (AM). Porém isto só deve acontecer quando a fábrica for instalada, o que, de acordo com a marca, deve acontecer neste primeiro semestre.
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Consulte a reportagen na página https://www.gazetadopovo.com.br/automoveis/mvk-spyder-estilo-easy-rider-em-270-cc-dclmnsmcfm33h7cko9m4gngi6/
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